Um farrapo coisa surge ante o vidro.
O coração oposto, de medo, ressalta
ideias que por burrice a vida assalta,
petrificando na boca lagos de anidro.
E o farrapo carne descerra o punho,
expondo palmo de armado concreto
donde vazio opulento ergue-se ereto,
atormentando rico reverso rascunho.
Imagem incômoda do farrapo gente
impele corpo avesso avançar o sinal.
Crê que se libertar daquilo é normal.
Mas já não pode mais: algo pressente.
É sim o sorriso cru do homem farrapo
descongelando luzes no farrapo outro.