sábado, 19 de julho de 2014

Poema do pecado humano





Uma vida eterna sem pecado,
exuberante ilusão de óptica,
é meta nula d'alma asséptica,
contaminada por pontificado.

Desse moral mundo insípido,
fujo para salvar-me perfeito.
Semelhante a Ele em defeito,
nasço em corpo não límpido.

Abro portas e reinvento laços
entre cegos desejos ardentes.
Noites e dias: descompassos.

Cometo erros e reitero crime
de carne, palavra, amor e luz;
tudo o que o humano exprime.