Surpreendo-me e, conduzido cativo, imagino a vida em metáfora, ardendo igual à brasa de um cigarro. Por trás da fumaça, percebo desfocado um sorriso sedutor, reluzindo prata.
Assustado, olho para o lado e encontro Clarice Lispector na mesinha de cabeceira, regendo abstrata as palavras com a sua caneta-presente.
Redescubro o que já sei, que de lá ela dispõe como ninguém cada letra em um mosaico de ideias, imagens e lembranças escritas.
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