quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Poema da arquitetura transparente

Foto de Christian Barroso in:



Quando as paredes opacas do mundo caem,
e a arquitetura da vida se faz transparente,
a crosta recoberta de terra logo se acanha,
e a cidade concreta, em tudo fragmentada,
permeada por estruturas ilógicas, obscuras,
complexa em suas retas, curvas, distâncias,
esferas, cores, crenças e sons de suas feras,
torna-se simples brinquedo pueril e volátil
de lata, plástico, isopor, papel e barbante
aos pés de uma suprema Criança, que sabe
que a urbana é pequena, o país é pequeno,
o planeta é pequeno, o universo um sopro.
E a infanta etérea olha, caminha e brinca
de ser humana na metrópole, que de si criou.





Nenhum comentário:

Postar um comentário