quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sensata loucura (versão quase original)

         

         Anjo desequilibrado, demônio sensato, homem comum no mundo intermediário entre o céu e o inferno. A loucura é o meu bem, a sensatez o meu mal.
          Enquanto aquela revela a essência da minha alma pequena, a outra dissimula a grande banalidade daquilo que a sociedade chama de minha lucidez.
          Anjo caído, demônio redimido, pessoa vulgar em um mundo planetário entre o sol e as estrelas. A demência e o juízo se completam e temperam a minha estupidez.
          E a mistura disso tudo traduz minha mente, que mente quando admite os pecados, mas diz que não se arrepende. Se arrepende sim, chora baixinho e pede perdão de uma só vez.

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